segunda-feira, 16 de junho de 2014

Publicação na Gazeta do Povo do dia 16/06/14

Lava Jato
Corretíssima a decisão do STF em validar as provas e remeter para a primeira instância as provas da Operação Lava Jato. Com a decisão, as investigações e as ações contra os 11 acusados ganham maior celeridade, uma vez que a 13ª Vara Federal de Curitiba, sob o comando do juiz Sergio Moro, é considerada criteriosa e austera em seus julgamentos. Seria uma afronta constitucional contemplar um bando de quadrilheiros que não gozam do imoral foro privilegiado com a remessa dos autos ao STF.
Marcelo Rebinski, historiador

sábado, 14 de junho de 2014

Escrever Melhor

Aprendendo a escrever melhor 

Marcelo Rebinski


Escrever Melhor é um texto (livro) publicado pela Editora Contexto e de autoria de Dad Squarisi e Arlete Salvador. As autoras, no livro apresentam de forma clara e objetiva as grandes "ciladas" da língua portuguesa que nos deparamos em escrever um texto, seja qual for. 
Escrever Melhor, no estrito termo da palavra, exige 10% de inspiração e 90% de transpiração. Sim! Escrever é um trabalho árduo. Textos são cortados, aumentados, transformado, virados pelo avesso, amassados, condensados. O texto só brilha depois de "apanhar" muito.
Estudantes, jornalistas, advogados, executivos e outros profissionais que usam a escrita no dia a dia leem, releem e reescrevem dissertações, reportagens, teses, petições, documentos. A mensagem precisa chegar às mãos dos chefes e dos clientes e de professores com correção, clareza e objetividade. Escrever Melhor se destina a esses escritores-editores. Eles aprenderão a passar a limpo, que é a segunda etapa do processo de criação. É o momento de cortar, ajustar, mudar, adaptar, transformar, socar, cachoalhar. 
Mas como saber quando e onde mexer? O texto de Dad Squarisi e Arlete Salvador serve de guia. Nele, as autoras apresentam um roteiro de elementos lógicos, estilísticos e gramaticais que comprometem a qualidade da produção e indica soluções. Melhorar o texto significa deixá-lo conciso, objetivo, claro e ... sedutor. Em suma, eficaz - garantia de que o recado chegará sem ruídos ao destinatário.
Escrever Melhor não é um texto para aprender gramatica e tornar-se um filólogo renomado, mas apenas um bom escritor que sabe transmitir com clareza e objetividade determinado assunto.
Apesar de Escrever Melhor ser um livro de grande ajuda para entender e compreender as artimanhas da língua portuguesa, vale lembrar que um dos pontos cruciais para poder escrever bem esta, intimamente, vinculado a prática da leitura como um hábito diário. Quanto mais se lê e exercita a escrita, mais se adquire o domínio da árdua tarefa de escrever bem.

Texto adaptado. Créditos são de Dad Squarisi e Arlete Salvador

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Publicação na Gazeta do Povo do dia 13/06/14

Tribunal de Contas
O fato de o ministro Gilmar Mendes rever sua decisão e afastar Fabio Camargo da condição de conselheiro do TC já é uma grande vitória. Mesmo mantendo o recebimento dos proventos como conselheiro e não permitindo uma nova eleição até o trânsito em julgado da ação, já é um ato a ser comemorado.
Marcelo Rebinski, historiador

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Publicação na Gazeta do Povo do dia 11/06/14

Investigação
Em política é assim: quando o assunto é cavar denúncias de um agente público sobre o outro, o troteado é rápido e eficaz. Agora, para responder a pedidos de informação ou de denúncias de um cidadão comum, o trote é lento e vagaroso. Refiro-me ao imbróglio envolvendo Beto Richa e Roberto Requião antes mesmo de começar a prometida avalanche de acusações que deverão permear o debate eleitoral. Desta vez, o foco é a investigação sobre o possível tratamento dispensado pela PM e com recursos públicos aos cavalos de propriedade de Requião na época em que governou o Paraná. Até aqui, nada de mais. Se há indícios de prevaricação a obrigação é investigar. Porém, o que intriga na tal investigação aberta pela PM é a rapidez em responder ao pedido.
Marcelo Rebinski, historiador

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Publicação na Gazeta do Povo do dia 05/06/14

Finanças

A revelação de que o Paraná tem aumentado significativamente sua receita através do crescimento da arrecadação não bate com os argumentos e o discurso oficial de que as contas estão no vermelho devido ao não repasse de empréstimos por parte da União e da herança da gestão anterior. Parece que nossos agentes públicos não entendem que uma administração pública deve obedecer às mesmas regras de planejamento e gerenciamento técnico como uma empresa privada.
Marcelo Rebinski, historiador

terça-feira, 3 de junho de 2014

Artigo publicado no Jornal Voz da Educação - JUNHO de 2014 - 8ª EDIÇÃO

APP – SINDICATO, a madrasta má dos educadores

Getúlio Vargas entrou para a história do Brasil não pelo desfecho do suposto suicídio, mas pela política populista que marcou o Estado Novo. Getúlio eternizou-se pela prática da ambiguidade política. Fora “o pai dos pobres e mãe dos ricos”. Passado mais de meio século, a política brasileira repete a mesma prática getulista. Não existe mais a concepção do que se pode, efetivamente, definir como esquerda ou direita. Hoje, nossa classe política quando o assunto é posicionar-se com relação a sua identidade ideológica a resposta é sempre a mesma: sou estadista.
Tirocínio puro justificaria os tais estadistas. Porém, não passa de uma forma fugaz de mascarar aquilo que outrora chamávamos de “em cima do muro”.
E, é ai que eu, como uma boa parte de milhares de educadores deste nosso amado Paraná não aguentamos mais ler e acreditar nas notícias que entremeiam nossa categoria e este malfadado governo.
Temos de um lado; uma gestão neoliberal, incompetente e que não cumpre com austeridade administrativa e parcimônia o que lhe foi delegado pelo voto popular através das urnas. Uma administração que desde seu início tem promovido um verdadeiro colapso em todas as áreas de suma importância para promoção do bem-estar social, da justiça e da igualdade.
Um governador que em entrevista ao programa Roda Viva (TV Cultura) classifica de “grevezinha” a paralisação de cinco dias que os professores e educadores promoveram no último 23 de abril. Deixando no “ar” se o diminutivo foi usado para medir a duração da greve (que Betinho achou curta) ou se foi em razão da desimportância que ele atribuiu ao movimento que deixou, aproximadamente, um milhão de estudantes sem aula.
De outro; um Sindicato que até agora, desde que o “xoque de jeistão” começou a figurar como programa da administração de Beto Richa mantém-se na iniquidade de pecar como uma madrasta malvada e maléfica para com seus enteados, tal como nos contos das feiticeiras onde a vítima é sempre o mais fraco, no caso, nós professores e educadores.
Talvez a razão para podermos entender o que realmente vem acontecendo durante estes quase quatro anos entre governo e sindicato não seja tão difícil assim de elucidar, ou pelo menos, imaginar.
Seria desnecessário mensurar neste curto espaço a atuação da APP-Sindicato como uma entidade de classe realmente comprometida com os interesses da educação. Só para relembrar, foram inúmeras rodadas de negociações que do ponto de vista prático tiveram avanços pífios. O “cavalo encilhado” passou diversas vezes para que a pauta de reivindicações dos educadores fosse atendida e contemplada.
Mas porque se demorou tanto para tomar uma atitude mais eficaz e enérgica com relação a este desgoverno? Por que tantas rodadas de negociações que não levaram a nada? Por que uma greve que durou apenas cinco dias e que tinha como pauta de negociação mais de 50 itens terminou com promessas evasivas e que não contemplou praticamente nada da endêmica situação da educação paranaense?
Simples! Por que temos um sindicato corporativista e oligárquico que vem se perpetuando no poder há décadas. Por que aquele velho sindicalismo de vanguarda que outrora tinha como único objetivo a defesa ferrenha da classe trabalhadora tornou-se nos dias de hoje um agrupamento atrelado ao poder econômico e aos interesses políticos e pessoais de seus lideres. E, foi exatamente o que se viu nesta última greve dos professores. De ambos os lados – governo e sindicato – imperou-se o jogo do interesse político em detrimento da pauta de negociação e das reivindicações dos educadores que infelizmente, acabaram virando massa de manobra.
Beto Richa tem razão ao dizer que promovemos uma “grevezinha”. No jogo político das negociações, o governo em duas rodadas liquidou completamente a fatura a seu favor, restando a nós educadores apenas o consolo da promessa, retornando as nossas escolas da mesma forma que entramos no movimento: com as mãos vazias!
Se Getúlio Vargas foi para a história o que os anais registram, a APP-Sindicato tem sido uma mãe para Beto Richa e uma verdadeira madrasta horripilante dos contos de fadas para nós, pobres mortais educadores.

P.S: Que venha Outubro!                     

Marcelo Rebinski é professor de História na rede pública e particular de ensino e do curso de licenciatura em História do Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Curitiba.



segunda-feira, 2 de junho de 2014

Publicação na Gazeta do Povo do dia 02/06/14

Foro privilegiado
O foro privilegiado presente no ordenamento jurídico brasileiro tem de acabar. Tal dispositivo é uma clara exceção ao princípio de igualdade, consagrado na Constituição. Manter o foro privilegiado é ferir o direito naturalmente da presunção de que todos os cidadãos, independentemente da posição que ocupam na sociedade, devem respeitar e seguir as leis de modo uniforme. Ademais, político não é profissão é apenas um mero representante do povo eleito pela vontade popular.
Marcelo Rebinski, historiador