segunda-feira, 13 de maio de 2013

TEMÁTICA SOBRE ESCRAVIDÃO NO BRASIL


INFORMATIVO


A apresentação sobre a Temática será na quinta (16/5) ou sexta (17/5).
Quanto a entrega dos trabalho o prazo foi estendido até quarta, dia 15/5.
 
Prof. Marcelo Rebinski

domingo, 12 de maio de 2013

TEMÁTICA: ESCRAVIDÃO NO BRASIL VII


Última Postagem


TEXTO 7: A Religiosidade dos Africanos

Os povos africanos cativos para o Brasil tinham as mais diversas crenças. Pouco sabemos sobre a religiosidade dos africanos nos dois primeiros séculos da escravidão.
O que se sabe é que aos escravos africanos impunham-se a religião católica, porém, às escondidas eles continuavam praticando seus rituais e procurando manter suas crenças. Crenças que se misturavam com as crenças de outros povos negros, com as crenças indígenas e, é claro, com o catolicismo imposto pelo branco.
Em resumo, os escravos africanos foram obrigados a abraçar a fé católica; porém, no processo de aculturação, procuraram reinterpretá-la, associando muitas vezes deuses africanos a santos católicos. Eles aproveitavam os festejos religiosos para recriar seus mitos mesclando aspectos sociais e profanos*.
Dentre as diversas cerimônias religiosas africanas, podemos destacar o Acotundá e o Calundu.
O Acotundá, ou dança de tunda, era uma cerimônia praticada em casas simples, onde se dançava ao som de um tambor e se cantava com palavras extraídas do dialeto courá e também de textos católicos. O Acotundá apresenta semelhanças com os candomblés e xangôs do Nordeste.
Praticado no arraial de Paracatu em Minas Gerais, o Acontundá foi proibido e erradicado por volta de l747.
Já os Calundus eram rituais religiosos de origem jeje, que consistia em adivinhaçõe, possessões, sortilégios e festas animadas com batuques.
* não sagrado; não religioso
LIBERTAÇÃO DOS ESCRAVOS 
A liberdade dos escravos ocorreu em 13 de maio de 1888 através de um ato assinado pela Princesa Izabel, irmã do Imperador D. Pedro II.
A bem da verdade, a tal libertação se deu por diversos fatores: políticos, econômicos e sociais. Um desses fatores, foi a pressão de grupos políticos que não aceitavam mais a escravidão no Brasil. A entrada de imigrantes europeus nesta época também contribuiu para  o fim da escravatura, pois a economia brasileira neste período ganhava outro rumo: o café.
Não podemos comemorar a libertação dos escravos como uma consequência humanitária. Pois, com a decretação do fim da escravidão, os escravos foram jogados a própria sorte, literalmete abandonados, formando grandes bolsões de miséria, intolerância racial e preconceito que refletem até hoje em nosso país.
Por fim, vale lembrar que em todo o continente Americano que adotou a escravidão africana, o Brasil foi o último a decretar seu fim.  Foram aproximadamente 338 anos, ou seja, quatro séculos de desumanidade.
Prof. Marcelo Rebinski 

TEMÁTICA: ESCRAVIDÃO NO BRASIL VI


Texto referente ao dia 11/05/13


TEXTO 6: A Resistência

A resistência dos escravizados se deu de várias maneiras: suicídos, assassinato de feitores e senhores, sabotagem no trabalho e fugas.
Os fugitivos fundaram vários núcleos populacionais denominados quilombos, ficando mais célebre o Quilombo dos Palmares. Há divergências sobre a origem da palavra quilombo. Pode significar "acampamento", ou "comunidade de guerreiros" da nação umbunda.
Existiram diversos quilombos; o mais conhecido, situado na Serra da Barriga, atual estado de Alagoas, o Quilombo dos Palmares, ficava na região que integrava, na época, a capitania de Pernambuco e deve seu nome ao grande número de palmeiras existentes na área.
No conceito geral, quilombo era um povoado, em geral, escondido na mata onde moravam os negros que haviam fugido do cativeiro. O quilombo foi a unidade básica de resistência dos escravos.
Pequeno ou grande, estável ou de vida precária, em qualquer região em que existia a escravidão, lá se encontrava ele, como elemento de desgaste do regime servil.
O Quilombo de Palmares surgiu na época da dominação holandesa. Em 1644, os holandeses já haviam tentado destruí-lo, mas fracassaram.
Ao contrário do que diziam as autoridades, Palmares não era um simples reduto de bandidos e salteadores. É claro, às vezes, os quilombolas ou "palmaristas" (nome adotado nas documentações coloniais) faziam ataque às fazendas vizinhas, de onde carregavam mantimentos e armas. No entanto, em muitos casos, mantiveram relações comerciais com as comunidades vizinhas, em que o respeito era mútuo.
O estado de Palmares caminhou para um estrutura centralizada quando os chefes de vários mocambos* aclamaram "o maior de todos os palmarinos" e o intitularam Ganga-Zumba, que queria dizer grande chefe. Em questões cruciais - a guerra e a paz, por exemplo -, Ganga-Zumba tinha de ouvir um conselho composto por chefes políticos e militares.
A economia se assentava na propriedade social dos meios de produção, com as famílias recebendo terra em usufruto e tendo de entregar parte do que produzia à comunidade. Com exceção de objetos de uso pessoal, o restante pertencia ao mocambo.
Não havia em Palmares um igualitarismo social absoluto. Os récem-chegados exerciam funções e tinham uma posição inferior àqueles que viviam no quilombo havia a mais tempo.
Zumbi dos Palmares foi o grande líder da resistência negra. A provável data de sua morte (20 de novembro) tornou-se o Dia Nacional da Consciência Negra.
* choça que serve de abrigo aos negros fugitivos.
Prof. Marcelo Rebinski

TEMÁTICA: ESCRAVIDÃO NO BRASIL V


Texto referente ao dia 10/05/13


TEXTO 5: A Mulher Escrava

Segundo estudiosos, para cada três escravizados, uma escravizada entrou no Brasil.
Havia maior demanda de escravos do sexo masculino. Em geral, o preço do homem escravo era o dobro em relação ao da mulher.
A mulher escravizada desenvolveu várias formas de resistência. Eis algumas: sabotando o trabalho; fingindo-se de doente; causando malefícios às crianças brancas; seduzindo o senhor; praticando infanticídios e, em casos extremos, o suicídio.
Elas também participavam de revoltas, tornando-se guerreiras. Houve até casos de mulheres que lideravam quilombos (refúgios de escravos fugidos).
Leia o trecho abaixo acerca da humilhação e opressão da mulher escrava:
" (...) é pau pra toda obra, objeto de compra e venda, em razão de sua condição escrava.
(...) é ama-de-leite, saco de pancada das sinhazinhas, porque, além de escrava, é mulher (...)"
                                                            GIACOMINI, Sônia Maria. Mulher e escrava. São Paulo: Contexto, 1998.
Prof. Marcelo Rebinski

TEMÁTICA: ESCRAVIDÃO NO BRASIL IV


Texto referente ao dia 09/05/13


TEXTO 4: Trabalho e Castigos

O  trabalho escravo era usado para os mais variados fins: no canavial, no engenho, na cozinha; nas minas; alugados na cidade, moças "trabalhavam" como prostitutas - enfim, não houve atividade em que o negro não tenha sido utilizado.
Os castigos eram severos e variado. O fazendeiro João Fernandes Vieira, um dos "heróis" da guerra contra os holandeses, estabeleceu o seguinte ritual quando ocorriam fugas, brigas, crimes etc.: "Depois de bem açoitados, o mandará picar com navalha ou faca que corta bem, e dar-lhe-á banho com sal, sumo de limão e urina, e o meterá alguns dias na corrente".
Alguns eram jogados vivos nas caldeiras de açúcar. Outros eram besuntados com mel e depois expostos à picadura de mosquitos, sofrendo durante horas essa tortura.
Prof. Marcelo Rebinski

TEMÁTICA: ESCRAVIDÃO NO BRASIL III


Texto referente ao dia 08/05/13


TEXTO 3: A Diversidade Cultural
Não há entre os estudiosos um consenso sobre o número de escravizados que entraram no Brasil, do século XVI até o fim do tráfico em 1850. Os números oscilam entre 3 milhões e 600 mil e 8 milhões de cativos. Porém, a cifra aproximada deve ter sido de 5 milhões. Os negros que foram trazidos para o Brasil eram originiários de três regiões africanas. A primeira estava localizada do Senegal até Serra Leoa; a segunda, entre os rios Walta e Níger, a chamada costa do escravo; a terceira compreendia Congo, Angola e Moçambique.
Podemos dividir os grupos que vieram para o Brasil da seguinte maneira:
a) Culturas sudanesas representadas principalmente pelos lorubas, da Nígeria  - introduzidos no Brasil em fins do século XVIII, estavam divididos em vários grupos (Nagôs, Eubá, Ketu etc.); povos Daomeanos (Ewe, Fon etc.); Fanti-Ashanti e diversos outros povo da região.
b) Culturas guineano-sudanesas islamizadas, ou seja, negros que adotavam a religião islâmica, como os Fulah, Mandinga, Haussá, etc.
c) Culturas bantus: inúmeras tribos oriundas da região da Angola e do Congo.
Entretanto, essas sobrevivências culturais não existem em estado puro, sendo muito difícil de identificá-las.

Prof. Marcelo Rebinski

quinta-feira, 9 de maio de 2013

GAZETA DO POVO - 09/05/13 - COLUNA DO LEITOR - VERSÃO ON-LINE


Subsídio 1

A desoneração do ICMS assinada pelo governador do estado não resolverá o problema do transporte coletivo em Curitiba (Gazeta, 7/5). Sem o subsídio dado pelo governo, a tarifa tende a aumentar ao invés de reduzir. A capacidade operacional do sistema da Urbs que atende a integração com a região metropolitana está no vermelho, e o problema vem sendo protelado há vários anos. Não se sabe o que existe debaixo do tapete da Urbs. É preciso que o prefeito cumpra a promessa de abrir a “caixa preta” do transporte coletivo para que a população entenda porque paga uma tarifa cara para utilizar ônibus superlotados e ineficientes, principalmente em horários de pico.

Marcelo Rebinski