terça-feira, 24 de julho de 2012

A Filosofia da Ciência

Resenha


Podemos Falar de Progresso na Ciência?


Marcelo Rebinski



É comum atualmente ouvirmos falar em avanço ou progresso da ciência. Este fato está relacionado com algumas descobertas e inovações tecnológicas que surgem ao incosciente do senso comum que a ciência está evoluindo. Por outro lado, a despeito de situações como a poluição, efeito estufa, bomba de hidrogênio e o acesso aos remédios e as inovações tecnológicas também é comum notarmos a desilusão das pessoas com a ciência.
São múltiplos os aspectos a serem relacionados para entender a dimensão do processo de produção e desenvolvimento do conhecimento científico.Entre outros problemas podemos citar o financiamento da pesquisa científica; parte definida pelas políticas públicas, parte pela iniciativa privada olvidando o lucro e a produção de produtos para consumo; a formação da comunidade científica; a coleta empírica de dados e suas possíveis interpretações, juntamente com a elaboração de teorias.
Contudo, muitos epstemólogos e filósofos da ciência concordam quanto ao processo de produção do conhecimento científico não ser linear, ou seja, não há uma continuidade na linha ascensional, cumulativa, obtida por meio de um método científico. Neste viés, os filósofos das ciências ante-empiritas negam que a primordialidade do objeto do conhecimento tal qual ele é entendido pelo empirismo é também supremacia do sujeito cognoscente sobre o objeto como quer o idealismo.
Eles concordam que o processo de produção do conhecimento científico é  forjado pela interação não neutra entre sujeito e objeto. Estes autores inauguram uma concepção de conhecimento em que ele é entendido como uma pseudoverdade histórico, circunstanciada e não como uma verdade em correspondência com os fatos. O que desmistifica o conceito de ciência pronta, acabada, ou imutável.
Desta forma, a filosofia da ciência vem desmentido a ideia de progresso ou evolução científica com base nos estudos sobre as transformações científicas, na sobreposição de paradigmas (modelos), nas rupturas epistemológicas e na descontinuidade dos processos de produção do conhecimento e da tecnologia. Portanto, quando um novo fato aparece no cenário científico provocando inovações e transformações teóricas e práticas, o intuito principal não é a lapidação e o melhoramento de uma teoria, mas sim uma substituição por outra mais adaptada aos interesses vigentes.
Além disso, quando falamos em progresso científico, este conceito está impregnado com o espírito penado positivista que acreditava no avanço da ciência para a melhoria da vida humana e das condições de existência no planeta. Basta notarmos tal influência desse pensamento na bandeira brasileira (Ordem e Progresso).


Bloco de Humanas e Ensino Fundamental II - 2º Semestre de 2012

Informativo
A partir deste segundo semestre, os alunos matriculados no Bloco de Humanas (disciplina de História) das turmas 1º e 2º anos B e os alunos do Ensino Fundamental turmas 9º A e B (disciplina de História) poderam ocupar-se deste espaço para acompanhar notas, trabalhos, pesquisas e  publicações extracurriculares, além de artigos e resenhas de relevante importância ao estudo da História e Filosofia.

Bom retorno a todos.

Prof. Marcelo Rebinski

sábado, 21 de julho de 2012

Opinião

Marschall Berman





                                                           

Marcelo Rebinski


"Ser moderno é encontrarmos-nos em um meio ambiente que nos promete aventuras, poder, alegria, crescimento, transformação de nós mesmos e do mundo - e que, ao mesmo tempo, ameaça destruir tudo que temos, tudo o que conhecemos, tudo o que somos. Ambientes e experiências modernas atravessam todas as fronteiras de geografia e de etnias, de classe e de nacionalidade, de religião e ideologia: neste sentido, pode-se dizer que a modernidade une todo o gênero humano. Mas é uma modernidade paradoxal, uma unidade desunida: envolve-nos a todos num redemoinho perpétuo de desintegração e renovação, de luta e contradição, de ambiguidade e de angústia. ser moderno é ser parte de um universo em que, como disse Marx, tudo que é sólido desmancha no ar".


BERMAN, Marschall. Tudo que é sólido desmancha no ar. São Paulo. Companhia das Letras, 1988, p. 15.

domingo, 15 de julho de 2012

Marx e a Liberdade





                                                                                                                                 
                                                                                                                                    Marcelo Rebinski  


Marx foi um defensor das liberdades políticas e individuais, mas também obviamente, não o foi pela via do liberalismo clássico e do seu conceito de liberdade - dos quais sempre foi crítico contundente -, mas sim pela ideia de emancipação humana, de liberdade como não-dominação e não limita os fins da vida política à instrumentalidade jurídica da proteção (formal) da liberdade individual. A liberdade humana, tal qual propõe Marx, incorpora o pensamento, a ação e a produção. É a qual a liberdade que sendo do indíviduo enquanto ser-comunitário efetiva-se na comunidade política mediante a luta contra os mecanismos de dominação e alienação da liberdade humana, aderente à condição do indíviduo como ser social.
A restrição que Marx faz ao Estado de direito burguês, enquanto abstração da condição básica da sociabilidade humana atrelada à imediatividade do vir-junto dos homens, é que este Estado acaba, por força da sua estrutura burocratizante e da redução do político aos aspectos jurídicos, representando os interesses de uma parcela da sociedade e, nessa medida, é importante para garantir os fins maiores e universais da coletividade. Pelo contrário, ele se constitui em fator de alienação e dominação, mediante a "astúcia" política da representação ideológica de interesses particulares.
Para Marx, não há liberdade sob a dominação das forças egoístas da sociedade civil, ou do Estado que incorpora simbolicamente os indíviduos, mas que na verdade os exclui da vida política subtraindo-lhes a soberania. A superação dessa condição de perda da liberdade pela dominação é chamada, por Marx, de emancipação humana.
Se considerarmos que  a sociedade contemporânea encontra-se muito distante dos ideais de liberdade individual e política que se propagam quase que tão-somente através de discursos edificantes que não encontram correspondência na realidade, justamente porque a sociedade permanece submetida às estruturas de dominação do capitalismo e do formalismo arbitrário do Estado de direito burguês, podemos concluir que, as categorias de análise de Marx - tanto dos textos da juventude como dos da maturidade - se interpretadas de forma não ortodoxa, podem oferecer alternativas muito interessantes à filosofia política. 



sexta-feira, 29 de junho de 2012

Atenção: Bloco de Humanas - Disciplina de Filosofia

Tendo em vista, que o fechamento das notas finais foram realizados pelo Professor Substituto de minha disciplina, o resultado não será divulgado no Blog.
Após o Conselho de Classe e de conformidade com o Calendário Escolar, o Resultado Final poderá ser obtido via Edital.

Boas Férias,

Prof. Marcelo Rebinski 

segunda-feira, 7 de maio de 2012

ESTADO NOVO: Levante de 1935, Golpe e Constituição de 1937 no Brasil

Título Direcionado para as turmas dos 9º Anos A e B
 Disciplina de História


Roteiro da Pesquisa:


Deverá ser manuscrito em papel almaço;
Contendo: capa, introdução, desenvolvimento da pesquisa de acordo com o título acima, conclusão e  bibliografia.


Instruções:


Capa, Nome da Instituição, Título, Nome e Número do Aluno, Série, Turno, Turma, Nome da Disciplina e Nome do Professor.
Introdução: Deverá ser de caráter pessoal contendo no mínimo 25 linhas.
Desenvolvimento: Além do título proposto deverá ser mencionada a trajetória política de Getúlio Vargas.
Conclusão: Deverá ser de caráter pessoal contendo no mínimo 25 linhas.
Bibliografia:Completa, inclusive, se for o caso, endereço eletrônico.


Critérios:


Valor atribuído será de 2,5 na média bimestral.
Prazo de Entrega: Impreterivelmente até o dia 16/06/12 

sábado, 5 de maio de 2012

DARWIN - A Evolução das Espécies

Título Direcionado para as turmas 3º A e C


Seguir o mesmo roteiro e critérios do 1º A
Prazo de Entrega: 14/06/12