Ariano Suassuna
Parece-me que o “anjo da morte” tem protagonizado, em poucas semanas, um verdadeiro cataclismo em nossa literatura brasileira. Desta vez, foi o grande mestre e um dos patriarcas de nossa excêntrica e tradicional cultura. Mais que um escritor, Ariano Suassuna representava a alma e a essência da tradição cultural nordestina, traduzida com grande maestria em seus romances e na dramaturgia. Sua ida não deixa apenas um vazio intelectual, mas, sobretudo, o vazio humano, pela sua imensa capacidade de entender as causas populares de nossa nação.
Marcelo Rebinski, historiador