domingo, 23 de março de 2014

Publicação na Gazeta do Povo do dia 23/02/14

Pesquisa eleitoral
A última pesquisa que revela Dilma como favorita à reeleição já no primeiro turno (Gazeta, 20/3) deve-se a dois fatores importantes: Lula, que já se encontra em campanha antecipada pela reeleição, e uma maior visibilidade midiática da presidente. Mas é cedo para que petistas comecem a sacudir suas bandeiras. O termômetro eleitoral somente mostrará a verdadeira temperatura da disputa após a realização da Copa. Se houver a “Copa das Copas” e não ocorrer nenhuma convulsão social, a eleição poderá estar garantida; caso contrário, a tendência é que o atual cenário sofra uma reversão total.
Marcelo Rebinski, historiador

sexta-feira, 21 de março de 2014

Publicação na Gazeta do Povo do dia 21/03/14

Diários Secretos
É inadmissível que, após uma exaustiva investigação da Gazeta do Povo e RPCTV, com a revelação dos Diários Secretos na Alep, o Ministério Público não tenha oferecido denúncia dos dois deputados envolvidos no caso. As justificativas de que não há favorecimento não convencem. Não quero ser levado a acreditar que o MP esteja a serviço do poder econômico e político. Se tais denúncias não forem apresentadas a tempo e a prescrição ocorrer, a instituição perderá sua credibilidade.
Marcelo Rebinski, historiador

Publicação na Gazeta do Povo do dia 19/03/14

Aposentadorias 2
As aposentadorias pagas a ex-governadores afrontam a Constituição e a moralidade pública. São um verdadeiro caso de deboche contra a nação brasileira. Não há razão plausível para que a Justiça não tenha dado prioridade à ação ajuizada pela OAB para acabar com essa indecência. Isso transformou-se numa verdadeira capitania hereditária que passa de pai para filho, ou, melhor dizendo, de falecido para viúva, numa verdadeira pilhagem e desrespeito para com a justiça social.
Marcelo Rebinski, historiador

domingo, 16 de março de 2014

Publicação na Gazeta do Povo do dia 16/03/14

Lula

Na entrevista (Gazeta, 14/3), o ex-presidente Lula saiu pela tangente, como é prática de qualquer político em ano eleitoral. É público e notório que, dependendo do andar da carruagem, da crise institucional e política entre Dilma e sua base aliada e do resultado da Copa, Lula entrará na disputa para tentar garantir ao PT mais quatro anos no poder. Já quanto ao mensalão, Lula poderia ter aberto o jogo e dizer aquilo que todos nós sabemos: que está radiante com o desfecho da Ação Penal 470, que livrou os bilontras da pátria de penas severas ao descaracterizar as acusações sobre o crime de formação de quadrilha.
Marcelo Rebinski, historiador

sexta-feira, 14 de março de 2014

Publicação na Gazeta do Povo do dia 14/03/14

“Blocão” 2
A rebeldia protagonizada pelo “blocão” de partidos insatisfeitos com o governo federal e liderado pelo PMDB não passa de fogo de palha em véspera de eleição. Fisiológicos e barganhistas, os rebeldes querem tão-somente cargos, maior poder de decisão e liberação de verbas. Os caciques insatisfeitos sabem perfeitamente que, apesar dos deslizes do governo, o PT ainda é o principal favorito nas próximas eleições.
Marcelo Rebinski, historiador

quarta-feira, 12 de março de 2014

Publicação na Gazeta do Povo do dia 12/03/14

Secretaria da Fazenda

O governo Richa dá mais um tiro no pé ao não manter Jozélia Nogueira (Gazeta, 11/3) na pasta da Secretaria da Fazenda. De perfil técnico e pragmático, a ex-secretária vinha tentando organizar a situação financeira do estado. Foi graças a ela que o estado conseguiu honrar o pagamento do 13º salário dos servidores, reduzir o comprometimento do caixa com despesas de pessoal e revelar o caótico endividamento. Se o governo estadual tivesse desde o início dado preferência a secretários com perfil técnico, não estaríamos presenciando situações vexatórias como PMs empurrando viaturas por falta de combustível.
Marcelo Rebinski, historiador

segunda-feira, 10 de março de 2014

Publicação na Gazeta do Povo do dia 10/02/14

“Volta, Lula” 1

O movimento “Volta, Lula” (Gazeta, 9/3) é tão exato quanto dois mais dois são quatro. Dilma nunca fora a candidata de Lula. O candidato de Lula sempre foi José Dirceu, que, devido à tempestade do mensalão, ficou inviável. Dilma acabou sendo preparada às pressas para garantir mais quatro anos de poder ao PT. Se durante estes próximos meses o barco mostrar indícios de que irá naufragar, teremos Lula como candidato. O PT não entregará com facilidade seu sonho de dois decênios no poder.
Marcelo Rebinski, historiador